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Tratamentos

Os resíduos químicos são segregados pelo tipo de tratamento, considerando-se sempre a incompatibilidade das substâncias. Os tratamentos são: neutralização, compostagem, destilação, adsorção e precipitação. Para os resíduos com vários componentes, a segregação é realizada com base na substância mais nociva (componente principal).  

A neutralização ocorre pela adição de um composto ácido em outro básico, e vice-versa, de modo a promover uma reação química que torna o pH do meio neutro. São destinados à neutralização resíduos que tenham como componente principal ácidos ou bases, como HCl e NaOH.  

A compostagem é um método a partir do qual a matéria orgânica é transformada em adubo orgânico (utilizado na agricultura), pela decomposição acelerada promovida pela atividade de microrganismos. Os resíduos que contenham nutrientes essenciais para o desenvolvimento adequado das plantas, como N, P, K, Ca, Mg, S, B, Zn, Fe, Cu, Mn, são separados e enviados ao G-Óleo (Núcleo de Estudos em Plantas Oleaginosas, Óleos Vegetais, Gorduras e Biocombustíveis), onde são utilizados no processo de compostagem. 

À destilação são destinados os resíduos com solventes orgânicos como álcool etílico e acetato de etila. Essas substâncias são removidas pelo aquecimento, em decorrência da diferença de volatilidade relativa entre eles e os outros componentes do resíduo. 

Os resíduos contendo corantes, como vermelho de metila e azul de metileno, tem como tratamento a adsorção. A retirada dessas substâncias é feita pela adição de um sólido, comumente carvão ativado e caulinita, que tem como característica a capacidade de reter em sua superfície as moléculas desses corantes. 

Por fim, são indicados à precipitação principalmente os resíduos contendo metais tóxicos, como bário, cádmio, cromo, cobre, chumbo, mercúrio, níquel, prata, selênio. Nesse processo essas substâncias, inicialmente em solução, são convertidas em insolúveis por reação química ou por mudanças na composição do solvente, promovida pela adição, principalmente, de óxidos e hidróxidos. Assim, forma-se um precipitado sólido que pode ser removido por processos como filtração e sedimentação (UNICAMP, 2005).

Para realizar a segregação dos produtos químicos podem ser consultadas as tabelas do Anexo A, que apresentam informações sobre incompatibilidades químicas. Caso o resíduo contenha substâncias que não constam nessas tabelas, deve-se consultar bibliografia especializada ou os técnicos do LGRQ.

 ANEXO A - Tabelas de incompatibilidade 

Tabela 1 – Incompatibilidade de produtos químicos por classe.

Tabela 2 - Misturas que devem ser evitadas

Tabela 3 – Substâncias que não devem entrar em contato com a água

MEDIDAS DE CONTENÇÃO DE DERRAMAMENTO

Em caso de derramamento de resíduos ou reagentes químicos deve-se seguir as instruções do Anexo B. Deve-se ficar atento principalmente às substâncias que não podem entrar em contato com água.

ANEXO B – Tabela de localização, incompatibilidade e medidas de contenção dos reagentes existentes no banco de reagentes do LGRQ

Tabela de localização, incompatibilidade e medidas de contenção dos reagentes existentes no banco de reagentes do LGRQ